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E em algumas situações, a discrição pode ser fundamental para o sucesso do trabalho (não significa passividade). Vou lembrar de dois casos aqui da Volo Filmes & Fotografia.
Algumas semanas atrás, fizemos a cobertura de um curso de dança do ventre (assista). Fiquei responsável pelas captações. Desde o primeiro momento, tive a consciência de que a presença de um homem num ambiente com quinze mulheres praticando dança do ventre exigia cuidado para não ser invasivo ou inconveniente.
Na semana seguinte, a cliente envia esta mensagem:
"Eu, inicialmente, estava receosa, era o único homem na nossa equipe. Mas você foi tão sensível e cuidadoso que ninguém se sentiu invadida, pelo contrário. (...) Todas ficaram muito à vontade e felizes com seu olhar atencioso".Não fiz nada além de me manter discreto e atento aos momentos que pudessem dar boas imagens.
O segundo exemplo é do ano passado, ao gravarmos o vídeo institucional de um colégio. Precisávamos entrar em salas repletas de alunos, do maternal ao fundamental. Ao saber que seriam filmados, alguns paravam de prestar a atenção nos professores. E nosso objetivo era justamente captar imagens do aprendizado. A solução foi ficar em silêncio, no fundo da sala, até os alunos se acostumarem com nossa presença e perderem o interesse na gente. Só então ligamos as câmeras.
Como disse, cada profissional tem seu jeito. E é inevitável que um dia de gravações interfira, em alguma medida, na rotina de uma empresa. Há ambientes que exigem mais discrição, outros menos. O profissional da imagem não precisa ser invisível, mas cuidadoso.
Juliano Pfutzenreuter Nunes - Jornalista, videomaker e fotógrafo na Volo Filmes & Fotografia
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